sexta-feira, agosto 08, 2014

Frango assado com alho, castanha de caju e coentro, e curiosidade

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Garlicky cashew chicken / Frango assado com alho, castanha de caju e coentro

Meu amor por frango assado é tão notório que quando digo ao meu marido que não tenho ideia do que preparar para o final de semana ele diz “que tal um franguinho assado?” :D

Se não estou muito inspirada, faço o frango com chorizo da Donna Hay, pois sei que é uma delícia e meu marido e eu adoramos, mas na maioria das vezes gosto de variar porque há tanta receita boa por aí só esperando para ser preparada (e devorada).

Quando vi que a receita de frango na churrasqueira da Amanda Hessler incluía castanha de caju na marinada fiquei curiosíssima, especialmente porque não conseguia imaginar qual seria o resultado – algumas receitas me parecem familiares, mesmo que novas, e com outras tento imaginar o sabor mesmo que nunca as tenha preparado, mas com essa não consegui: fiquei encafifada pra saber como as castanhas dariam sabor ao frango, e como elas se comportariam com o coentro e o molho de soja.

O único jeito de descobrir era fazendo a receita, e foi exatamente isso que fiz.

(se alguém lhes disser que escorpianos são curiosos, acreditem). :)

As castanhas de caju tornam a marinada bem cremosa e também deixam o franguinho úmido e dourado sem a adição de muito óleo. O coentro e o molho de soja dão um sabor ótimo (peguem leve no sal: o shoyu e as castanhas já são salgados). Se eu faria esse frango novamente? Sim, achei bem gostoso, mas usaria um pouco mais de alho numa próxima vez (o nome da receita original é “garlicky chicken”, mas não achei “garlicky” o suficiente).

Só para vocês saberem, meu marido continua preferindo o franguinho da Donna Hay. :)

Frango assado com alho, castanha de caju e coentro
um nadinha adaptado do maravilhoso The Essential New York Times Cookbook: Classic Recipes for a New Century

- xícara medidora de 240ml

1/3 xícara de castanha de caju torrada e salgada
1 punhado de folhas de coentro fresco +um pouquinho extra para servir
1 colher (sopa) de óleo de canola
2 dentes de alho grandes, picados
½ colher (sopa) de molho de soja
½ colher (chá) de açúcar mascavo – aperte-o na colher na hora de medir
suco de 1 limão taiti grande
sal e pimenta do reino moída na hora
4 pedaços de frango – use os seus preferidos

Em um processador ou liquidificador, junte a castanha de caju, o coentro, o óleo, o molho de soja, o açúcar e o suco de limão. Processe até obter uma pasta. Prove e tempere com sal e pimenta.
Espalhe generosamente a marinada nos pedaços de frango. Coloque em uma tigela, cubra com filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 3 horas (melhor ainda de um dia para o outro).

Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira com uma camada dupla de papel alumínio e pincele-o com um pouquinho de óleo.
Arrume os pedaços de frango sobre o papel e regue com o que sobrar da marinada. Asse por cerca de 1 hora ou até ficar a seu gosto.
Sirva salpicado com o coentro.

Rend.: 2 porções

quinta-feira, agosto 07, 2014

Bolo de banana e amêndoa - simples e delicioso

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Banana almond cake / Bolo de banana e amêndoa

Depois de postar uma receita que pede caldo de legumes, molho de tomate e ricota caseiros eu tinha de lhes trazer algo menos complicado, mas igualmente bom: um bolo de banana simples, em que parte da farinha de trigo é substituída por farinha de amêndoa, o que dá um sabor gostoso e junto com o creme azedo e as bananas amassadas deixa o bolo bem macio e úmido.

(E em minha defesa, digo que poderia ter sido pior: eu poderia ter lhes sugerido confeitos caseiros). :D

Bolo de banana é um dos meus preferidos e sempre tenho algumas bananas bem maduras no freezer esperando para virar algo bem gostoso – está muito frio para sorvete (aquele facílimo em que é só bater bananas congeladas no liquidificador ou processador, sem precisar adicionar nada), então foi fácil optar por bolo.

O bolo afundou um pouco no centro e anos atrás isso teria me impedido de publicar a receita aqui, mas com o tempo tenho aprendido a reduzir o meu perfeccionismo, pelo menos um pouco, e tento fazer isso sempre que possível porque por mais que as pessoas o vendam como uma “qualidade” eu não acho que isso seja verdade – acho que é uma jaula que construímos à nossa volta e da qual fica cada vez mais difícil escapar.

O bolo afundou, sim, mas ficou uma delícia, por isso o fotografei e o divido com vocês aqui hoje – espero que gostem dele tanto quanto eu gostei.

Bolo de banana e amêndoa
um nadinha adaptado do delicioso World Class Cakes: 250 Classic Recipes from Boston Cream Pie to Madeleines and Muffins

- xícara medidora de 240ml

1 ¼ xícaras (175g) de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 colher (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de canela em pó
2/3 xícara (65g) de farinha de amêndoa
2/3 xícara (150g) de manteiga sem sal, amolecida
1 xícara (200g) de açúcar cristal
2 ovos
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara de creme azedo (sour cream)*
2 bananas bem maduras, amassadas com um garfo
açúcar de confeiteiro, para polvilhar

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês de 20x10cm, forre-a com papel e unte o papel também.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o sal, o bicarbonato, o fermento, a canela e a farinha de amêndoa.
Em uma tigela grande, usando a batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Junte a baunilha e bata.
Acrescente o creme azedo e a banana e misture em velocidade baixa somente até combinar. Junte os ingredientes secos e bata em velocidade baixa somente até incorporá-los.
Transfira a massa para a forma preparada e asse por cerca de 45 minutos ou até o bolo crescer e dourar (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma por 15 minutos e então desenforme com cuidado. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente. Remova o papel, polvilhe com o açúcar de confeiteiro e sirva.

* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte a mistura fica bem cremosa – leve à geladeira para ficar mais espessa ainda)

Rend.: 8 porções

quarta-feira, agosto 06, 2014

Palitos de polenta e ricota e cozinhando do zero

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Polenta and ricotta chips / Palitos de polenta e ricota

Como lhes disse ontem, adoro preparar coisas do zero quando e se tenho tempo, e a receita que lhes trago hoje é um bom exemplo disso: nestes palitinhos deliciosos de polenta e ricota usei caldo de legumes, ricota e molho de tomate caseiros.

O caldo de legumes é dica preciosa da Ana: é feito de cascas e aparas, cabinhos de ervas e outras coisinhas que acabariam indo parar na lata do lixo. Faço esse caldo há bastante tempo e sempre tenho um pouco no freezer – foi o que usei para cozinhar a polenta.

O molho de tomate é o mesmo que faço sempre, com tomates pelados e bastante manjericão, orégano e tomilho frescos, e é o molho que o meu marido come às colheradas: se tiver pão em casa, então, é um perigo, ele dá conta da panela inteira se eu não estiver por perto e não sobra quase nada para o que eu estivesse fazendo e para o que o molho seria, a princípio, usado. :D

E a ricota é uma receita da maravilhosa revista Donna Hay que peguei há anos, em 2009 para ser mais precisa, e desde então nunca mais comprei ricota – tenho usado esta ricotinha caseira em tudo, sempre com ótimos resultados. Tem textura e sabor excelentes e é rápida de fazer. Lá no começo eu forrava o escorredor com um pano bem fininho (tipo fraldinha de bebê), mas depois encontrei uma peneira metálica bem fininha na Liberdade e ela dispensa o uso do tecido.

Sei que este post é o pesadelo de quem não gosta de fazer coisas do zero, mas não estou aqui para pregar verdades - dá pra fazer os palitinhos usando coisas prontas. Só quero que saibam que, no caso específico dos itens usados na receita de hoje, fazê-los em casa não só traz resultados mais saborosos como também muito mais em conta, especialmente o caldo – e as receitas são fáceis.

Para finalizar, sei que vai parecer um tédio virar cada palitinho de polenta depois dos primeiros vinte minutos de forno, mas foi o jeito que encontrei de torná-los dourados e crocantes sem precisar fritar (como pede a receita original) – por favor, não me odeiem. :)

Palitos de polenta e ricota
um tiquinho adaptados da sempre maravilhosa revista Donna Hay

- xícara medidora de 240ml

2 xícaras (500ml) de caldo de legumes
1 xícara (170g) de polenta instantânea
1 xícara (80g) de parmesão ralado bem fininho
25g de manteiga
sal e pimenta do reino moída na hora
200g de ricota*
óleo de canola, para pincelar
molho de tomate, para servir

Coloque o caldo em uma panela grande e leve ao fogo médio até começar a ferver. Aos poucos, junte a polenta, mexendo sempre por 2-3 minutos. Retire do fogo e junte o parmesão, a manteiga, o sal e a pimenta e misture para incorporar. Deixe esfriar por 5 minutos e incorpore a ricota. Espalhe a mistura em uma forma quadrada de 20cm e aperte para moldar a polenta. Leve à geladeira até firmar, cerca de 1 hora.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio e pincele-o levemente com óleo.
Retire a polenta da forma e corte em palitos grossos. Arrume-os na forma preparada, deixando 1cm de distância entre eles. Asse por 20 minutos, vire-os com cuidado e asse por mais 20 minutos ou até que dourem e fiquem crocantes por fora.
Sirva imediatamente com o molho de tomate.

* usei ricota caseira nesta receita: 3 xícaras (720ml) de leite integral = 200g de ricota

Serves 4

terça-feira, agosto 05, 2014

Madeleines de azeite de oliva, limão siciliano e cardamomo

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Cardamom, lemon and olive oil madeleines / Madeleines de azeite de oliva, limão siciliano e cardamomo

Madeleines são bolinhos pequenininhos, por isso acho que seria mesmo apenas uma questão de tempo até eu tentar uma versão delas com azeite de oliva depois de usar o ingrediente em tantos bolos.

Encontrei algumas receitas online (já lhes disse que amo a Internet?), mas o que realmente me chamou a atenção foi a combinação de cardamomo e limão siciliano: parecia ótima e as madeleines do Russell eram lindinhas.

Cardamomo e limão siciliano são, sim, deliciosos juntos e as madeleines feitas com azeite são tão fantásticas quanto aquelas feitas com manteiga (e elas continuam úmidas e macias no dia seguinte).

Adoro preparar coisas do zero, mas também sou super a favor de atalhos quanto estes são bons e viáveis; porém, algo que não uso é cardamomo já moído: comprei uma vez, há séculos, mas não gostei. Comecei a comprar os bagos para moer as sementes em casa e nunca mais voltei atrás. Se for possível a vocês, recomendo fazer o mesmo, não apenas para estas madeleines mas para quaisquer receitas com cardamomo (cliquem aqui para um pouquinho de inspiração).

Para madeleines completamente sem lactose, as forminhas devem ser untadas com óleo ou azeite em vez de manteiga – não testei isso ainda, e se alguém o fizer vou adorar saber se deu certo.

Madeleines de azeite de oliva, limão siciliano e cardamomo
um nadinha adaptadas daqui

80g de açúcar cristal
raspas da casca de 1 limão siciliano grande
¼ colher (chá) de cardamomo moído na hora
2 ovos
½ colher (chá) de extrato de baunilha
110g de farinha de trigo
½ colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
1/3 xícara (80ml) de azeite de oliva extra-virgem

Coloque o açúcar, as raspas de casca de limão e o cardamomo na tigela grande da batedeira e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar ficar perfumado. Junte os ovos e a baunilha e bata com a batedeira até obter um creme claro e espesso.
Peneire a farinha, o fermento e o sal sobre a mistura e incorpore gentilmente com uma espátula de silicone, misturando de baixo para cima. Incorpore o azeite da mesma forma. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por no mínimo 3 horas ou no máximo de um dia para o outro.

Pré-aqueça o forno a 200°C. Unte com manteiga derretida 20 forminhas de madeleine com capacidade para 2 colheres (sopa) cada. Leve à geladeira por 10 minutos. Unte-as novamente com manteiga e refrigere por mais 10 minutos. Divida a massa entre as forminhas (sem espalhar) e asse até que as madeleines cresçam e dourem (8-10 minutos). Desenforme imediatamente sobre uma gradinha.
Polvilhe com açúcar de confeiteiro. Sirva morninhas ou em temperatura ambiente.

Rend.: 20 unidades

segunda-feira, agosto 04, 2014

Biscoitinhos de trigo sarraceno com geleia de figo e comida bonita

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Buckwheat thumbprints with fig preserves / Biscoitinhos de trigo sarraceno com geleia de figo

Uma vez fiz um teste na faculdade (dado pela Prof. Valderez Carneiro da Silva) e o resultado foi que eu era uma pessoa sinestésica. Conforme fui lendo a respeito e ouvindo as explicações da professora, achei que fazia sentido.

A maioria dos colegas de sala obteve "visual" como resultado, ou seja, eles eram pessoas visuais. Não sei bem se hoje, refazendo o teste, o resultado seria o mesmo (isso foi há dezessete anos), mas creio que a porcentagem das minhas respostas de cunho "visual" seria maior, já que sinto isso bastante latente às vezes, especialmente quando o assunto é comida. Fico doida por livros, revistas e blogs cheios de lindas fotos e às vezes tendo a escolher uma receita por causa da aparência da comida - é por isso que adoro fazer biscoitinhos do tipo thumbprint, eles sempre ficam tão bonitinhos! <3

Estes foram feitos com uma mistura de farinha de trigo comum e farinha de trigo sarraceno, e a geleia de figo combinou lindamente. Acho que geleia de laranja seria uma escolha de sabor interessante para o trigo sarraceno, mas vou ter de testar isso outro dia. :)

Biscoitinhos de trigo sarraceno com geleia de figo
adaptados do ótimo Great Cookies: Secrets to Sensational Sweets

- xícara medidora de 240ml

1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
½ xícara (70g) de farinha de trigo sarraceno
1/8 colher (chá) de sal
200g de manteiga sem sal, ligeiramente firme
½ xícara (100g) de açúcar cristal ou refinado
2 gemas grandes
1 colher (chá) de extrato de baunilha
geléia de figo ou de sabor que preferir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame as farinhas e o sal.
Na tigela grande da batedeira, bata a manteiga em velocidade médio-baixa até ficar cremosa. Junte o açúcar e bata para incorporar. Junte as gemas e a baunilha, batendo somente até misturar. Com uma espátula de silicone, incorpore os ingredientes secos em duas adições, misturando somente até obter uma massa homogênea – se misturar demais a massa ficará oleosa.
Faça bolinhas com 1 colher (sopa) nivelada de massa e coloque nas assadeiras preparadas, deixando 5cm de distância entre uma e outra. Com o cabo de uma colher de pau ou outro utensílio, pressione levemente o centro de cada bolinha de massa. Asse por 10 minutos, pressione novamente o centro de cada biscoito e encha com um pouquinho de geléia (não exagere para que ela não escorra). Leve ao forno novamente até que as beiradas dos biscoitos estejam douradas, 5 a 7 minutos. Deixe esfriar.

Rend.: cerca de 45 biscoitinhos

quinta-feira, julho 31, 2014

Bolinhos de abobrinha e feta, um trailer doido e um versátil jovem ator

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Courgette and feta fritters / Bolinhos de abobrinha e feta

Infelizmente não tenho tempo de ler todos os sites e blogs de que gosto (e sei que vocês também não, por isso, obrigada por passarem por aqui, fico bem feliz), mas não tem um dia em que eu não vá ao IMDb para saber das notícias do mundo do cinema.

Ontem, em uma destas visitas, vi o trailer de “Horns” (legendado aqui) e ele imediatamente entrou para a lista dos trailers mais interessantes/loucos que vi na vida. As escolhas de Daniel Radcliffe tanto no cinema quanto no teatro tem sido bastante diversas e acho notável que ele se interesse em fazer coisas tão diferentes, realmente se exercitando como ator: ele faz o polêmico, faz humor negro e também comédia romântica - e quem não se lembra dele estrelando “Equus” no teatro anos atrás? Tão jovem e tão versátil – admiro muito.

Daniel é versátil, o danado, e bolinhos salgados, parecidos com panquequinhas, também são: dá para fazê-los com praticamente qualquer legume ou verdura na geladeira e é um ótimo veículo para eles caso haja algum enjoadinho pro perto. Estes bolinhos de abobrinhas ficaram uma delícia – foram rápidos de preparar e desapareceram mais rápido ainda. :D

Bolinhos de abobrinha e feta
um tiquinho adaptados de duas ótimas fontes: A Girl Called Jack: 100 Delicious Budget Recipes e Nigella Fresh

1 abobrinha grande
1 cebolinha, picadinha
1 punhado de folhas de salsinha, picadas – meça, depois pique
1 ovo, ligeiramente batido com um garfo
50g de queijo feta ralado
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para fritar

Rale a abobrinha no ralo grosso e espalhe sobre um pano de prato limpo e seco. Aguarde 20 minutos para que o excesso de água seja absorvido.
Transfira a abobrinha para uma tigela grande, junte a cebolinha, a salsinha, o ovo, o queijo feta e a farinha, tempere com sal e pimenta e misture até obter uma massinha – se estiver rala demais, acrescente um tiquinho de farinha.

Aqueça um fio de óleo em uma frigideira antiaderente grande. Coloque duas colheres (sopa) de massa por bolinho e achate, formando panquequinhas – não encha demais a frigideira, frite os bolinhos em etapas. Frite por cerca de 2 minutos, vire e frite até dourar. Transfira para um prato forrado com papel absorvente. Repita o processo com o restante de massa.

Sirva imediatamente com fatias de limão.

Rend.: 6 unidades

quarta-feira, julho 30, 2014

Pão de baunilha e canela

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Vanilla and cinnamon bread / Pão de baunilha e canela

Muita gente que conheço tem reclamado bastante do clima nos últimos dias, mas eu não: pra ser sincera, estou comemorando os dias frios, especialmente depois do verão insuportável que tivemos. \0/

Nada pior do que sair do chuveiro e já começar a suar – que bom que isso é parte do passado, pelo menos por enquanto.

Por causa das baixas temperaturas, ligar o forno é sempre uma ideia ótima: a gente fica quentinha e ainda tem comida gostosa como resultado. Epic win. :)

O final de semana passado foi perfeito para baking, e fazer pão é algo que me dá muita alegria. Sem pensar demais no que prepararia, escolhi o pão de baunilha da Signe Johansen para ser o meu projeto do sábado à tarde e adicionei canela, aveia, farinha de trigo integral e aumentei um tiquinho a quantidade de açúcar para deixar o pão mais ao meu agrado. O pão ficou delicioso sozinho e também tostado com manteiga.

Além de saboroso, o pão foi um projeto perfeito por outra razão: deu pra assistir a dois episódios de “Law and Order: SVU” já que a massa precisou crescer duas vezes.

Pão de baunilha e canela
um tiquinho adaptado do lindíssimo e delicioso Scandilicious Baking

- xícara medidora de 240ml

½ fava de baunilha cortada ao meio no sentido do comprimento, sementes retiradas com as costas da faca
1 xícara (240ml) de leite integral
50g de manteiga sem sal
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
400g de farinha de trigo comum
100g de farinha de trigo integral
½ colher (chá) de canela em pó
75g de açúcar cristal
¼ colher (chá) de sal
3 colheres (chá) de fermento biológico seco
1 ovo, ligeiramente batido com um garfo
1 colher (sopa) de leite, extra, ara pincelar os pães
1 punhado pequeno de aveia em flocos, para salpicar os pães

Coloque as sementes de baunilha, o leite, a manteiga e o extrato de baunilha em uma panelinha e leve ao fogo até que quase comece a ferver. Desligue e espere amornar.
Na tigela da batedeira, usando o batedor em formato de gancho, misture as farinhas, a canela, o sal e o açúcar. Faça um buraco no centro e coloque o fermento. Despeje o ovo e a mistura de leite morna sobre o fermento e misture em velocidade baixa até que os ingredientes fiquem incorporados. Continue misturando em velocidade baixo-média até que a massa fique lisa e elástica, uns 8 minutos.
Transfira a massa para uma tigela grande e levemente pincelada com manteiga, cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar morninho por cerca de 1 hora ou até dobrar de volume. Unte com manteiga duas formas de bolo inglês com capacidade para 4 xícaras cada.
Dê um soquinho na massa para retirar o excesso de ar e divida-a em duas partes iguais. Abra cada parte com as mãos até obter um retângulo de aproximadamente 20x30cm. Enrole os retângulos formando cilindros bem apertados e transfira para as formas. Deixe crescer novamente por 40 minutos – enquanto isso, pré-aqueça o forno a 200°C.
Pincele os pães com o leite extra e salpique com a aveia. Jogue um pouquinho de água dentro do forno para criar vapor e coloque os pães para assar. Asse por volta de 30 minutos ou até que dourem bem e haja um som de oco ao bater com os nós dos dedos na parte inferior dos pães.
Deixe esfriar nas formas por 10 minutos, desenforme com cuidado e transfira para uma gradinha. Deixe esfriar completamente.

Rend.: dois pães

terça-feira, julho 29, 2014

Linguine com limão siciliano e avocado - fazendo amizade com macarrão integral

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Avocado and lemon zest linguine / Linguine com limão siciliano e avocado

Acho que conforme vamos ficando mais velhos e nos sentido mais confortáveis em nossa própria pele o que os outros pensam não importa muito – o que nós sentimos, queremos ou gostamos deve vir em primeiro lugar. Gosto de acreditar nisso.

Na época do colegial era “importante” ser legal e estar “na moda” ou, em outras palavras, fazer e dizer o que os outros faziam e diziam. Eu me lembro de na época ir a um show de uma banda cover de Elvis Presley com amigas algumas vezes, mas nem de Elvis eu gostava – eu só fingia curtir para pertencer ao grupo, já que todas as garotas ficavam dizendo que Elvis era o máximo (por sorte os tais shows eram de graça). Os tais shows aconteciam nos finais de tarde, às sextas-feiras, e nós íamos direto da escola para lá – em uma das vezes eu estava tão entediada que comecei a fazer minha lição de Física ali mesmo.

Vocês podem imaginar que isso não ajudou em nada a minha “reputação” de ser “legal”. :)

Até alguns meses atrás eu dizia que macarrão integral era um troço horroroso, e fazia caretas à simples menção do ingrediente. Um dia, lendo uma receita que pedia por esse tipo de massa, me dei conta de que eu estava apenas repetindo opiniões de outras pessoas. Eu tinha, sim, provado uns pratos bem desastrosos com macarrão integral, mas como alguém que cozinha há tanto tempo eu deveria saber que talvez, e apenas talvez, o que eu provara não valia pelo todo. Poderiam ter sido casos de receita ruim ou macarrão ruim (ou ambos).

Continuo evitando Elvis a todo custo até hoje, mas fiz amizade com macarrão integral. :)

Coisas que dizemos e fazemos de vez em quando, muitas vezes sem pensar muito. Já fiz isso, vocês provavelmente também já fizeram. Somos humanos, dizemos coisas estúpidas vez ou outra, seguimos as pessoas erradas. Erramos.

Ninguém é perfeito.

Mas esse macarrãozinho com avocado é (e eu nunca teria pensado em juntar macarrão com avocado). :)

Linguine com limão siciliano e avocado
um nadinha adaptado do maravilhoso A Modern Way to Eat: Over 200 Satisfying, Everyday Vegetarian Recipes (That Will Make You Feel Amazing)

400g de linguine integral
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
4 colheres (sopa) de alcaparras em conserva, drenadas e picadas grosseiramente
2 dentes de alho, amassados e bem picadinhos
raspas da casca de 2 limões sicilianos + suco de ½ deles
1 punhado de folhas de manjericão – meça, depois pique grosseiramente
1 punhado de folhas de salsinha - – meça, depois pique grosseiramente
2 avocados maduros
1-2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
pecorino ralado na hora, para servir

Cozinhe o linguine em uma panela grande de água fervente salgada até ficar al dente (siga as instruções da embalagem).
Enquanto isso, faça o molho: em uma frigideira grande antiaderente, aqueça o azeite de oliva em fogo médio. Junte as alcaparras e o alho e refogue até perfumar. Acrescente as raspas de limão e as ervas, misture e retire do fogo.
Abra os avocados ao meio e retire os caroços. Faça cortes na polpa formando um quadriculado e então retire com uma colher. Transfira para a frigideira e misture.
Antes de escorrer o macarrão, reserve 1 xícara da água do cozimento.
Escorra o macarrão e transfira-o para a frigideira. Volte ao fogo médio e misture para combinar os ingredientes. Regue com o suco de limão e o azeite extra-virgem, tempere com sal e pimenta e adicione um pouco da água do cozimento se for necessário.
Sirva imediatamente polvilhado com o queijo.

Rend.: 4 porções

segunda-feira, julho 28, 2014

Bolo de limão siciliano, amêndoa e trigo sarraceno e os planos do final de semana

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Almond, lemon and buckwheat tea cake / Bolo de limão siciliano, amêndoa e trigo sarraceno

Acho que vocês deviam saber que consegui cumprir os planos que fizera para o final de semana: vi mais de um filme (um deles provavelmente pela décima vez) e também cozinhei um pouco – os dias frios são uma ótima desculpa para manter o forno ligado. :)

Acho quase impossível mudar de canal quando alguns dos meus filmes favoritos estão passando, e ontem um dos canais a cabo fez uma maratona de “O Poderoso Chefão”: os três filmes, um depois do outro. Não curto o terceiro filme, mas o primeiro e o segundo da trilogia são favoritíssimos meus e acabei vendo o primeiro mais uma vez (algumas taças de vinho me impediram de rever o segundo). :)

Outra coisa que me é impossível fazer é resistir a fazer bolos de limão: por mais que eu tentei variar - o que às vezes consigo, vocês sabem – sempre acabo marcando todos os bolos de limão nos livros de receita que compro, e este livro lindo não foi exceção: há diversas receitas fantásticas nele e até fiz uns biscoitos para estrear a nova aquisição, mas logo depois fui direto para a rota do limão, não teve jeito.

Usei farinha de trigo sarraceno em vez de farinha comum e gostei muito do resultado – não é um bolo muito alto (o meu ficou bem igualzinho à foto do livro), mas é cheio de sabor (e sem glúten).

Bolo de limão siciliano, amêndoa e trigo sarraceno
um tiquinho adaptado do lindíssimo The Baking Collection (The Australian Women's Weekly)

- xícara medidora de 240ml

½ xícara (100g) de açúcar cristal
raspas da casca de 1 limão siciliano grande
125g de manteiga sem sal, amolecida
3 ovos
1 colher (chá) de extrato de baunilha
¼ xícara (35g) de farinha de trigo sarraceno
1 pitada de sal
¼ colher (chá) de fermento em pó
120g de farinha de amêndoa
2 colheres (sopa) de leite integral, temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de amêndoas em lascas
2 colheres (sopa) de pinoli

Pré-aqueça o forno a 180°. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês com capacidade para 5 xícaras de massa, forre-a com papel manteiga e unte o papel, também.
Na tigela da batedeira, junte o açúcar e as raspas de casca de limão e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar ficar perfumado. Junte a manteiga e, usando a batedeira, bata até obter uma mistura clara e cremosa. Junte todos os ovos e a baunilha e bata até incorporar. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Peneire a farinha de trigo sarraceno, o fermento e o sal sobre a mistura, junte a farinha de amêndoa e o leite e misture com uma espátula de silicone até homogeneizar. Espalhe a massa na forma preparada e alise a superfície. Salpique com as amêndoas em lascas e o pinoli.
Asse por 30-35 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos e então desenforme com cuidado, transferindo para a gradinha. Deixe esfriar completamente e retire o papel.

Rend.: 6-8 porções

sexta-feira, julho 25, 2014

Cookies com gotas de chocolate e farinha de amaranto e um mês sem filmes

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Amaranth choc chip cookies / Cookies com gotas de chocolate e farinha de amaranto

Tenho uma confissão a fazer: não vejo um filme há semanas. Várias semanas – acho que pode até ser um novo recorde ou algo assim.

O último filme que vi foi “A Culpa é das Estrelas”, daí a Copa começou e eu respirei futebol por um mês – creio não ter sido a única. :) Depois que a seleção alemã levou a Taça para casa, fiquei entretida com a sexta temporada de “Sons os Anarchy”, então não sobrou tempo para filmes – eu queria saber como as coisas acabariam (e não gostei nada do que vi).

Meus planos para o final de semana: assistir a pelo menos um filme. E cozinhar, claro. :)

Filmes não foram as únicas coisas esquecidas por aqui: eu não preparada chocolate chip cookies fazia um tempão, tanto que nem lembrava mais quando tinha sido a última vez. Com uma barra de chocolate 70% de cacau em mãos, pensei logo nesse tipo de biscoito – achei que seria o jeito ideal de usar um chocolate tão bom. Tinha visto estes cookies e eles pareciam ótimos, e vi que eram uma adaptação de uma receita que eu já havia feito, de um livro que adoro (e os cookies ficaram uma delícia).

Não tinha farinha de trigo sarraceno em casa, então mudei um tiquinho de nada a receita e usei farinha de amaranto – os biscoitos ficaram fantásticos, com uma cor dourada linda, e um sabor um pouquinho diferente. Comi uns dois ainda mornos e foi difícil não comer vários outros na sequência, vocês nem imaginam. :) Havia uma textura granulosa extremamente sutil enquanto ainda estavam quentinhos – para mim, nenhum problema – e isso ficou menos evidente quando esfriaram completamente.

Se você não tem farinha de amaranto em casa, não se preocupe: experimente e versão com farinha integral, é igualmente deliciosa.

Cookies com gotas de chocolate e farinha de amaranto
um nadinha adaptados do ótimo Good to the Grain

- xícara medidora de 240ml

2/3 xícara (93g) de farinha de trigo comum
2/3 xícara (93g) de farinha de trigo integral
¼ xícara (35g) de farinha de amaranto
¾ colher (chá) de fermento em pó
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, gelada e picada
½ xícara (88g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
½ xícara (100g) de açúcar cristal
1 ovo
1 colher (chá) de extrato de baunilha
100g de chocolate amargo (70% de cacau), picado grosseiramente

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigela média, misture as farinhas, o fermento, o bicarbonato e o sal com um batedor de arame.
Em uma tigela grande, usando a batedeira em velocidade baixa bata a manteiga e os açúcares por cerca de 2 minutos ou até que estejam incorporados. Raspe as laterais da tigela.
Junte o ovo, batendo (vel. média) até incorporar. Acrescente a baunilha. Desligue a batedeira e acrescente os ingredientes peneirados de uma só vez. Bata novamente em velocidade baixa só até os ingredientes começarem a serem incorporados, cerca de 30 segundos. Junte o chocolate picado e misture em veloc. baixa só até incorporar – para evitar misturar demais a massa, termine de incorporar os ingredientes com uma espátula de silicone.
Coloque porções de 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito nas assadeiras deixando 5cm de distância entre uma e outra. Asse por 12-16 minutos ou até que dourem bem nas extremidades. Deixe esfriar nas assadeiras por 2 minutos, e então deslize o papel com os biscoitos para uma gradinha e deixe esfriar completamente.

Rend.: cerca de 20 unidades

quinta-feira, julho 24, 2014

Uma massa de centeio maravilhosa, duas tortas: galette de alho-poró e queijo e galette de ameixa e amora

English version

Leek and cheese galette (with rye pastry) / Galette de alho-poró e queijo (com massa de centeio)

Uma das coisas que acho mais mágicas e fascinantes em cozinhar é que mesmo que você esteja fazendo isso há bastante tempo – no meu caso, quase vinte e cinco anos – há sempre algo novo a ser provado, ou um jeito novo de provar algo que já amamos: a comida é dinâmica.

Depois de preparar aquelas barrinhas deliciosas de geleia com farinha de centeio, comecei a procurar outras formas de incorporar o ingrediente nas minhas sessões de baking e vi umas galettes de damasco lindas em um dos meus livros de receita preferidos (e também um dos mais bonitos que tenho). Gosto da filosofia de comida de Amber Rose e até então tudo o que eu tinha feito dela ficara ótimo, por isso fiquei bastante interessada na massa de centeio dela.

Foi uma revelação.

Enquanto eu comia meus pedaços de torta, primeiro a salgada, depois a doce, fui ficando boba: como aquilo poderia ser tão delicioso?

Preparar a massa foi fácil usando o processador, e conforme eu a abria com o rolo e dobrava fiquei pensando que aquilo só poderia resultar em uma massa bem flocosa, o que eu adoro – ficou, sim, flocosa, leve e muito saborosa. Divina, mesmo.

Ao guardar os dois pacotinhos de massa na geladeira para seu último descanso, vi os alhos-porós que comprara para fazer sopa e senti um estalo: em vez de fazer duas tortas de ameixa, eu faria uma torta doce e outra salgada. Jantar e sobremesa com uma única massa de torta = perfeição. :)

Cozinhei o alho-poró com um pouco de vinho branco (<3 álcool) e o combinei com queijo para a galette salgada – ficou sensacional. A torta de ameixa ficou muito boa, também. A massa de centeio, além de ser saborosa e ter uma textura incrível, ficou ótima tanto com o recheio doce quanto com o salgado. Esta receita é daquelas para guardar e usar sempre e espero que vocês a experimentem: quero logo prová-la com outros recheios e tenho pensado no combo tomate + queijo de cabra + tomilho, e aposto que com peras e maçãs a massinha ficaria uma delícia, também.

Plum and blackberry galette (with rye pastry) / Galette de ameixa e amora (com massa de centeio)

Massa de centeio (rende o suficiente para fazer as duas tortas de hoje)
um nadinha adaptada do lindo e delicioso Love, Bake, Nourish: Healthier cakes and desserts full of fruit and flavor

120g de farinha de centeio
120g de farinha de trigo
1 colher (chá) de açúcar
½ colher (chá) de sal
175g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
1 colher (chá) de vinagre de vinho branco
7-8 colheres (sopa) de água bem gelada

Recheio de ameixa e amora
adaptado do mesmo livro de onde tirei a massa

4 ameixas, cada uma cortada em oito fatias
½ colher (sopa) de mel
1 pitada de canela em pó
8 amoras congeladas
açúcar demerara sugar, para polvilhar

Recheio de alho-poró e queijo
criação minha

1 alho-poró, somente a parte clara, em rodelinhas
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
1 colher (chá) de azeite de oliva
sal e pimenta do reino moída na hora
1 ½ colheres (sopa) de vinho branco
60g de gruyere, ralado grosseiramente (usei também um pedaço de estepe esquecido na geladeira)
1 colher (sopa) de pecorino ralado bem fininho, para polvilhar – rale, depois meça; parmesão também fica ótimo

Comece pela massa: coloque as farinhas, o sal e o açúcar no processador de alimentos e pulse para combinar. Junte a manteiga e pulse até que a mistura pareça farofa grossa. Junte o vinagre e metade da água e pulse até que uma massa comece a se formar – junte mais água se necessário, mas faça isso aos poucos. Forme uma bola com a massa, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Desembrulhe a massa e abra-a com um rolo sobre uma superfície levemente enfarinhada até obter uma forma ovalada de aproximadamente 20x28cm – não se preocupe se a massa ainda estiver se esfarelando um pouco, ela vai se tornando mais homogênea conforme você passar o rolo.
Dobre a massa como se fosse uma carta (leve o terço de baixo até o meio, depois dobre o terço de cima sobre o de baixo). Abra novamente com o rolo formando uma forma de 20x28cm e dobre novamente como se fosse uma carta. Abra mais uma vez com o rolo até obter uma forma ovalada de 20x28cm e dobre como uma carta uma última vez. Embrulhe em plástico e leve à geladeira por pelo menos 1 hora ou de um dia para o outro.

Quando estiver pronto para fazer as tortas, coloque cada metade de massa sobre um pedaço de papel manteiga e abra com o rolo até obter um círculo de aproximadamente 25cm. Transfira cada papel com massa para uma forma de beiradas baixas.

Torta de frutas: coloque as ameixas em uma tigela com o mel e a canela e misture. Arrume as ameixas no centro da massa, cubra com as amoras e regue com os sucos da tigela (se tiver muito, use apenas metade para não empapar a massa). Com cuidado, vá dobrando a massa sobre parte do recheio. Coloque a torta no freezer por 30 minutos – enquanto isso, pré-aqueça o forno a 180°C.

Torta salgada: aqueça a manteiga e o azeite em uma frigideira antiaderente grande. Junte o alho-poró e refogue até perfumar e começar a dourar, mexendo de vez em quando. Tempere com sal e pimenta, junte o vinho e cozinhe por 2-3 minutos ou até o vinho evaporar. Deixe esfriar completamente.
Arrume o gruyere no centro da massa e cubra com o alho-poró já frio. Com cuidado, vá dobrando a massa sobre parte do recheio. Coloque a torta no freezer por 30 minutos – enquanto isso, pré-aqueça o forno a 180°C.

Pincele a massa das tortas com o ovo batido. Salpique a torta doce com açúcar demerara e a salgada com o pecorino.

Asse por 35-40 minutos ou até que as tortas dourem bem. Ambas são deliciosas tanto mornas quanto em temperatura ambiente.

Rend.: 4 porções cada torta

quarta-feira, julho 23, 2014

Bolo de uísque e noz-moscada

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Whisky and nutmeg pound cake / Bolo de uísque e noz-moscada

Eu sei, eu sei, uísque não é nada “saudável”, mas acho que não há nada de errado em adicionar um pouquinho de álcool a algumas receitas, de vez em quando: não consigo fazer risoto sem um toque de vinho branco, e cerveja pode fazer maravilhas em pratos com carne bovina (meu molho à bolonhesa se tornou ainda mais delicioso depois que passei a usar vinho tinto).

Tudo isso escrito por alguém que certa vez fez um bolo encharcado de rum. :D

O bolo que lhes trago hoje tem bem menos álcool, mas é bastante saboroso e eu deparei com a receita porque queria fazer algo com farinha integral – a primeira ideia foi um pão, mas quando olhei para o vidro de farinha o pobrezinho estava quase vazio. O bolo da Alice Medrich foi uma escolha ótima, já que eu precisaria de menos de ½ xícara de farinha integral. Ficou macio e delicioso, como todos os bolos deveriam ser, e com um tom dourado lindo.

Achei que o bolo combinou bem com uma xícara de chá quentinho (tivemos um final de semana frio por aqui), e tenho certeza de que ficaria ótimo também servido com chantilly e frutas frescas, como os trifles em pratos que a Nigella faz (que parecem os nossos pavês, só que com bolo em vez de bolacha), para uma sobremesa de verão. Ou com sorvete de baunilha e calda de chocolate ou de caramelo salgado.

Ok, já parei. :)

Bolo de uísque e noz-moscada
um nadinha adaptado do delicioso Pure Dessert

2 colheres (sopa) de leite integral, temperatura ambiente
1 colher (sopa) de uísque
3 ovos grandes, temperatura ambiente
1 colher (chá) de extrato de baunilha
105g de farinha para bolos (caseira: 15g de amido de milho + 90g de farinha de trigo comum)
55g de farinha de trigo integral
150g de açúcar cristal
¾ colher (chá) de fermento em pó
1/8 colher (chá) de sal
½ colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
180g de manteiga sem sal, amolecida e em pedacinhos

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês com capacidade para 4 ou 5 xícaras de massa, forre-a com papel e unte o papel também.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame o leite, o uísque, os ovos e a baunilha.
Na tigela da batedeira, misture com um batedor de arame as farinhas, o açúcar, o fermento, a noz-moscada e o sal. Junte a manteiga e metade da mistura de ovos e bata em velocidade baixa apenas até os ingredientes secos umedecerem. Aumente para a velocidade média e bata por 1 minuto. Raspe as laterais e o fundo da tigela. Adicione metade da mistura de ovos restante e bata por 20 segundos. Junte o restante da mistura e bata por mais 20 segundos. Raspe as laterais e o fundo da tigela.
Transfira a massa para a forma preparada e alise a superfície. Asse até que o bolo cresça e doure, 55-60 minutos (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma por 20 minutos, desenforme com cuidado e transfira para uma gradinha. Deixe esfriar completamente e remova o papel.

Rend.: 8-10 porções

segunda-feira, julho 21, 2014

Brownies com azeite de oliva e um pouco de nostalgia

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Olive oil brownies / Brownies com azeite de oliva

Vocês provavelmente já notaram que eu ando usando azeite de oliva nos meus doces com bastante frequência, e com ótimos resultados – o ingrediente deixa os bolos saborosos e bastante úmidos. É por isso que eu não via a hora de usar azeite em brownies – fiquei curiosa para saber se ele combinaria tão bem com chocolate quanto com maçã, coco e cítricos.

Encontrei esta receita simples, porém ótima online e ela vem de um dos primeiros blogs de comida que li na vida, o lindo “The Traveler’s Lunchbox”, o que me fez sentir bastante nostálgica, mas de uma maneira bacana. Lembrei-me de quando descobri o mundo dos blogs de comida e no quão ansiosa fiquei para ler todos e no quão maravilhoso era ver tanta gente apaixonada por cozinhar como eu era. Foi a primeira vez que vi gente que realmente gostava de preparar o jantar ou fazer um bolo, pois até aquele momento eu nunca conhecera ninguém que sentia o mesmo que eu por comida – havia, sim, um monte de gente que amava comer, mas nunca conhecera ninguém que sentia prazer em preparar a comida como eu sentia.

De repente aquele bando de estranhos me pareciam muitos mais próximos do que as pessoas que eu conhecia na “vida real” – acho que isso acontece quando finalmente encontramos alguém com algo em comum, pois os meus amigos não gostavam dos filmes que eu via e certamente não achavam que fazer o jantar para uma família de cinco fosse algo divertido (nos tornamos seis quando minha irmã caçula nasceu). Alguns eram tão preguiçosos que se suas mães não fizessem comida em um certo dia ficavam o dia todo à base de pão com manteiga, e outros iam ao absurdo de comer sem usar um prato para não ter que lavá-lo depois. O tempo passou, meu amor pela cozinha aumentou, e meus amigos continuaram achando que aprender a cozinhar era uma bobagem.

Acho que dá para vocês terem uma ideia de como me senti quando dei de cara com o primeiro blog de comida. :)

Já faz um tempinho que a Melissa atualizou o blog pela última vez, mas recomendo ler os posts antigos – há muitas receitas boas por lá, como a desses brownies. Ela pede chocolate com 70% de cacau na receita, mas como eu não tinha usei um com 53% e adicionei uma colher (sopa) de cacau para compensar e intensificar o sabor dos brownies.

Brownies com azeite de oliva
um nadinha adaptados do lindo blog The Traveler’s Lunchbox

- xícara medidora de 240ml

115g de chocolate meio-amargo, picadinho – usei um com 53% de cacau*
1/3 xícara (80ml) de azeite de oliva extra-virgem de sabor frutado
2 ovos grandes, temperatura ambiente
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara (70g) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de cacau, sem adição de açúcar
1/8 colher (chá) de sal

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com óleo uma forma quadrada de 20cm, forre-a com papel alumínio deixando sobrar em dois lados opostos, formando “alças”, e unte o papel também.
Derreta o chocolate em banho-maria em uma tigela pequena. Retire do fogo, junte o azeite e misture com um batedor de arame. Deixe esfriar.
Na batedeira, bata os ovos e o açúcar até obter um creme espesso e claro. Incorpore a baunilha e o chocolate com azeite usando uma espátula e misturando gentilmente, de baixo para cima. Incorpore a farinha, o cacau e o sal da mesma forma. Transfira a massa para a forma preparada e alise a superfície.
Asse por 20-25 minutos ou até que o topo fique craquelado e aparente estar seco, e um palito inserido no centro dos brownies saia levemente úmido. Deixe esfriar completamente. Corte em quadradinhos.

* a receita original pede chocolate com 70% de cacau ou mais – como eu não tinha em casa, usei chocolate com 53% de cacau e adicionei cacau em pó para um sabor mais acentuado de chocolate

Rend.: 16 unidades

sexta-feira, julho 18, 2014

Chilli con carne, guacamole e sendo metida

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Chilli con carne + guacamole

Creio que quando começamos a cozinhar e os anos vão passando é meio que inevitável nos tornarmos meio convencidos: eu tento exercitar a modéstia todos os dias, mas há vezes em que estou comendo algo – doce ou salgado – e penso: “eu conseguiria fazer isso aqui e bem mais gostoso” (e aposto que alguns de vocês me lendo agora balançaram a cabeça em acordo, pensando em si mesmos). :D

Sem contar que podemos fazer a comida melhor e com muito menos dinheiro.

Já consegui diminuir bastante a quantidade de carne que consumimos em casa (o que é ótimo), mas temos as nossas recaídas e elas incluem chilli con carne no restaurante tex-mex – meu marido adora o prato, enquanto eu vou mais para o lado do guacamole. Falei para ele que tentaria fazer o chilli con carne em casa e ele gostou bastante da ideia.

Fui direto ao ótimo livro de Dean Edwards e o resultado foi um chilli con carne fantástico: muito saboroso, apimentado na medida e facílimo de fazer. Preparei a receita de véspera e peço que façam o mesmo se tiverem tempo, pois no dia em que o fiz já estava gostoso, mas no dia seguinte estava ainda mais divino. A receita abaixo rende bem e o que sobrar fica bom com arroz ou como molho de macarrão.

Para o guacamole, usei uma das receitas da Martha e depois de misturar os ingredientes reguei tudo com bastante suco de limão taiti, o que não só dá uma incrementada no sabor como também evita que o abacate escureça. Ficou delicioso e combinou perfeitamente com a parte carnívora da refeição.

Chilli con carne
um nadinha adaptado do delicioso Mincespiration!

1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva
500g de carne bovina moída
1 cebola grande, bem picadinha
4 dentes de alho, bem picadinhos
1 pimentão vermelho pequeno, bem picadinho
3 fatias de bacon, picadinhas
1 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de canela em pó
1 colher (chá) de pimenta caiena, ou a gosto
1 colher (chá) de orégano seco
2 latas (400g cada) de tomates pelados picados
1 lata (400g) de feijão vermelho, escorrida – usei 150g de feijão carioca cozido em casa
200ml de caldo de carne
sal e pimenta do reino moída na hora
1 colher (chá) de açúcar
20g de chocolate amargo (70% de cacau), ralado
2 colheres (sopa) de coentro fresco, picado, para servir

Aqueça metade do azeite em uma panela grande em fogo alto. Junte a carne e vá fritando até dourar – faça isso em etapas se for necessário. Retire a carne da panela e reserve. Coloque o azeite restante na panela, junte a cebola, o alho, o pimentão e o bacon e refogue por cerca de 5 minutos ou até dourar e perfumar. Junte o cominho, a canela, a pimenta caiena e o orégano e cozinhe por mais 1-2 minutos. Volte a carne à panela, adicione os tomates e o caldo e misture. Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por uma hora, mexendo de vez em quando para que a mistura não grude no fundo. Junte o feijão (e mais água se a mistura estiver muito seca) e cozinhe por mais 30 minutos. Tempere com sal e pimenta, junte o açúcar e o chocolate e misture. Salpique com o coentro e sirva. Se fizer de véspera, deixe esfriar completamente antes de levar à geladeira, tampado.

Rend.: 5-6 porções

Guacamole
um nadinha adaptado da Martha Stewart

1/3 xícara de cebola roxa, bem picadinha (pique, depois meça)
1 pimenta vermelha grande, bem picadinha (retire as sementes se não quiser que o guacamole fique ardido)
3 colheres (sopa) de coentro picado
½ colher (chá) sal, ou a gosto
pimenta do reino moída na hora
2 avocados (aqueles abacatinhos pequenos, quando maduros a casca fica preta)
1 tomate pequeno picado
suco de 1 limão taiti grande

Em uma tigela grande, misture a cebola, a pimenta, 2 colheres (sopa) do coentro, sal e pimenta. Acrescente os abacates e misture com um garfo, amassando-os levemente, mas ainda deixando a mistura pedaçuda. Adicione os tomates, regue com o suco de limão e misture gentilmente.
Salpique com o coentro restante e sirva.

Rend.: 2-3 porções

quinta-feira, julho 17, 2014

Financiers de avelã e amora feitos com frutinhas conseguidas de maneira segura

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Hazelnut blackberry financiers / Financiers de avelã e amora

Não fui uma criança atlética: enquanto meu irmão e meus primos gostavam de brincar ao ar livre, jogando futebol e andando de bicicleta, eu preferia ficar dentro de casa, lendo gibis ou escrevendo histórias. Nunca consegui virar estrela e até hoje não sei andar de bicicleta (podem rir). :)

Uma prima minha, da mesma idade que eu, era o oposto: ela brincava com os moleques na rua, andava de bicicleta com as mãos pra cima e subia em árvores. Meus tios tinham uma amoreira no quintal de casa e eu adorava comer as frutinhas, mas não conseguia alcançá-las; minha prima era generosa o bastante e escalava os galhos da árvore, enchia um baldinho com as amoras e trazia para que comêssemos juntas – no chão, em segurança, obviamente. :D

Quando fui colher frutas com a Valentina, anos atrás, e vi os arbustos de amoras pensei “nossa, isso é muito mais fácil!” – até perceber, depois de alguns passos, que os arbustos eram cobertos de espinhos. :S

Acho melhor ficar com as frutas vermelhas do supermercado, não? É mais seguro. :) Tê-las no freezer é ótimo para quando bate aquela vontade de fazer alguma coisa gostosa: aqui, as amoras foram combinadas com avelãs e o resultado foi uma fornada de financiers deliciosos.

Financiers de avelã e amora
adaptados do sempre delicioso Simply Bill

85g de farinha de avelã
135g de açúcar de confeiteiro peneirado
55g de farinha de trigo peneirada
1 pitada de sal
5 claras grandes
95g de manteiga sem sal, derretida e fria
1 colher (chá) de extrato de baunilha
170g de amoras congeladas
açúcar de confeiteiro, para polvilhar

Em uma tigela grande, misture a farinha de avelã, o açúcar de confeiteiro, a farinha de trigo e o sal. Acrescente as claras e misture somente até incorporar. Acrescente a manteiga e a baunilha e misture. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinha dez forminhas de muffin ou minibolo com capacidade para 100ml cada.
Divida a massa entre as forminhas. Coloque 3-4 amoras em cada e afunde-as um pouquinho na massa. Asse por 15-20 minutos ou até que os financiers cresçam e dourem (faça o teste do palito). Transfira para uma gradinha, deixe esfriar por 2 minutos e então desenforme, transferindo para a gradinha. Deixe esfriar completamente. Polvilhe com açúcar de confeiteiro para servir.

Financiers são mais gostosos no dia em que são preparados, entretanto podem ser guardados em um recipiente hermético por até 2 dias.

Rend.: 10 unidades

terça-feira, julho 15, 2014

Cookies de aveia e castanha de caju e uma história do passado que poderia acontecer com alguém neste exato momento

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Cashew oatmeal cookies / Cookies de aveia e castanha de caju

Outro dia, enquanto preparava esses cookies, me lembrei de uma época da minha vida, ali no comecinho da adolescência, quando costumava folhear as revistas das primas mais velhas – elas sempre compravam a Capricho, alguém aí lembra? Eu me lembro de ler algo sobre Ana Paula Arósio e as mais de setenta capas de revista que ela estampara até então – ela tinha apenas quinze anos. Lindíssima, ela parecia um mulherão e era apenas dois anos mais velha do que eu.

Uma das perguntas que a entrevistadora fez a Ana Paula foi como ela conseguia ficar “em forma”, para o que a modelo respondeu aquela coisa óbvia de comer muitas frutas e verduras, e que gostava de coisas como banana com aveia e mel, porque “fazem bem para a saúde”. O meu cérebro de treze anos de idade capturou a informação imediatamente, apenas para se decepcionar segundos depois, já que eu, também, comia muitas frutas e verduras e eu, também, adorava banana com aveia e mel, mas eu não parecia a Ana Paula Arósio. Nem de longe. Eu era uma menina magra, mas não esquelética, era baixinha, e meu rosto e braços eram cobertos de sardas (ainda são, na verdade). Eu não usava roupas da moda e meu cabelo vivia em um rabo de cavalo. Eu não usava batom nem cílios postiços – nem peito eu tinha. Mas eu não sabia, na época, tudo o que há por trás de uma capa de revista, e eu achei que havia algo de muito errado comigo porque apesar de eu comer (e adorar) legumes e frutas eu não parecia uma modelo. :(

Tudo isso me passou pela cabeça enquanto assava esses cookies porque aveia é, sim, boa para a saúde, apesar de eu ter duvidado disso por um momento lá na adolescência. Aveia é uma delícia com banana e mel (e uma pitadinha de canela, hum!), ótima em granola e cookies.
Legumes e frutas são excelentes para a saúde, também, e são deliciosos, o que sempre ajuda. Por isso, continuemos comendo nossos verdinhos e nossos grãos para ficarmos saudáveis, tentando nos manter positivas e nos blindando de todo o lixo com o qual a mídia nos bombardeia todos os dias.

Cookies de aveia e castanha de caju
um nadinha adaptados da sempre linda Delicious Australia

- xícara medidora de 240ml

¾ xícara (110g) de farinha de trigo
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
¼ colher (chá) de canela em pó
125g de manteiga sem sal, temperatura ambiente
¾ xícara (150g) de açúcar demerara
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1 ovo
110g de aveia em flocos
150g de castanhas de caju torradas e salgadas, picadas grosseiramente

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o bicarbonato, a canela e o sal.
Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro. Junte a baunilha, batendo, seguida do ovo, e bata para incorporar. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Em velocidade baixa, acrescente a mistura de farinha e a aveia, e bata somente até incorporar. Incorpore as castanhas.
Coloque porções de 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito nas assadeiras deixando 5cm de distância entre uma e outra. Asse por 13-15 minutos ou até que dourem nas extremidades. Deixe esfriar nas assadeiras por 2 minutos, e então deslize o papel com os biscoitos para uma gradinha e deixe esfriar.

Rend.: cerca de 22 unidades

segunda-feira, julho 14, 2014

Bolo de coco e azeite de oliva

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Coconut olive oil cake / Bolo de coco e azeite de oliva

Estas últimas semanas, em que tenho experimentado com o meu baking e adicionado mais legumes e verduras ao cardápio, tem sido bem divertidas: conforme você começa a provar coisas novas (com resultados bons e ruins, afinal de contas é a vida) é como se lhe tirassem uma venda dos olhos – dá vontade de descobrir mais e mais.

É muito bom abrir a geladeira e saber que está a momentos de uma refeição gostosa e saudável; É ótimo ver uma abobrinha e um pouco de queijo transformados em bolinhos (que ficaram uma delícia com algumas gotinhas de Tabasco), ou fazer um molho gostoso com berinjela, tomate, pimentão e ricota enquanto o macarrão cozinha em uma panelona de água salgada. Eu costumava torcer o nariz para macarrão integral, mas depois de comprar o linguine integral da Di Cecco e prepará-lo duas vezes com dois molhos diferentes cheguei à conclusão de que as minhas péssimas experiências passadas com o ingrediente foram causadas por massa de má qualidade ou receitas ruins.

Sair da zona de conforto é bom.

Como o meu estoque de manteiga estava baixo e eu precisava dos 100g restantes para fazer biscoitos (mais sobre isso em breve), decidi fazer o bolo que tinha em mente usando azeite e óleo de canola, mesmo, e o resultado foi um bolo macio e saboroso – sem cobertura, sem frescurites, apenas um bolo simples, bom para acompanhar um café fresquinho (eu comi a minha fatia com uma taça de vinho, pois para ver a patética seleção brasileira passar dois vexames em seguida só com álcool, mesmo).

Coconut olive oil cake / Bolo de coco e azeite de oliva


Bolo de coco e azeite de oliva
um tiquinho adaptado do delicioso Under the Walnut Tree: 400 Recipes Inspired by Seasonal Ingredients

- xícara medidora de 240m

4 ovos médios*
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
1 colher (chá) de extrato de baunilha
raspas da casca + o suco de 1 limão taiti grande
1 xícara (100g) de coco ralado sem açúcar
100ml de azeite de oliva extra-virgem
50ml de óleo de canola
120g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com óleo uma forma redonda de 20cm de diâmetro, forre o fundo com um círculo de papel manteiga e pincele o papel com óleo também.
Na batedeira, bata os ovos, o açúcar e a baunilha até obter um creme claro e espesso. Com uma espátula de silicone, incorpore as raspas e o suco de limão, o coco, o óleo de canola e o azeite. Peneire a farinha, o fermento e o sal sobre a mistura e incorpore. Despeje na forma preparada e asse por cerca de 40 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma, sobre uma gradinha. Desenforme, retire o papel com cuidado e transfira para um prato de servir.

* eu só tinha ovos do tipo grande em casa, por isso escolhi os quatro menores da embalagem para usar nesta receita

Rend.: 8-10 porções

sábado, julho 12, 2014

Peixe assado com batatas e salsa verde - o forno como aliado

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Baked fish with salsa verde and potatoes / Peixe assado com batatas e salsa verde

Apesar do meu amor por peixe eu não como tanto quanto deveria ou gostaria, o que é uma pena – se minha mãe estivesse por aqui ela ficaria bem brava comigo. Quando meu irmão e eu éramos pequenos ela fazia questão de que comêssemos peixe pelo menos uma vez por semana – minha mãe era natureba, mais de trinta anos antes de isso virar modinha. :D

O meu jeito preferido de comer peixe era passado pelo fubá e frito – só de pensar já fico com água na boca. Crocante por fora e macio por dentro, provavelmente era o meu prato preferido quando acompanhado de salada de tomate simples (com bastante limão) e arroz fresquinho – super simples, porém delicioso, especialmente quando feito por minha mãe. <3 Hoje em dia, entretanto, raramente frito alguma coisa: além da preocupação com a saúde, moro em um apartamento pequeno e não quero todos os tecidos da casa (ou o meu cabelo) cheirando a fritura. :P Portanto, o forno é sempre um bom aliado – eu não o uso apenas para doces, ok? :D


Esta receita é muito, muito simples: filés de peixe assados sobre uma caminha de batatas. Nada demais, vocês podem achar, e eu achei isso também, até provar a salsa verde: nunca provara esse molho antes e gente, como é gostoso – transformou um prato simples em algo especial e bem saboroso.



Espero que experimentem este peixinho – se “saudável” e “delicioso” ainda não os convenceram, o prato também é rápido e fácil de fazer. :D



Peixe assado com batatas e salsa verde
um nadinha adaptado da sempre fantástica revista Delicious Australia

300g de batatas pequenas e cerosas, em fatias bem fininhas (melhor se cortadas na mandolina) – usei Asterix
2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
sal e pimenta do reino moída na hora
1 limão siciliano, em fatias bem fininhas
1 punhado de folhas de orégano fresco
4 filés de peixe de carne firme, 120g cada – usei linguado

Salsa verde:
¼ xícara (60ml) de azeite de oliva extra-virgem
1 dente de alho pequeno
½ xícara de folhas de salsinha
½ xícara de folhas de manjericão
2 colheres (sopa) de alcaparras, enxaguadas e drenadas
raspas da casca de 1 limão siciliano
sal e pimenta do reino moída na hora

Pré-aqueça o forno a 200°C. Em uma tigela grande, misture as batatas, as fatias de limão, o orégano e o azeite, tempere com sal e pimenta e espalhe, em uma camada única, em uma assadeira de 20x30cm levemente untada com azeite. Asse por 20-25 minutos ou até que as batatas comecem a dourar.
Enquanto isso, faça a salsa verde: em um processador de alimentos, processe o alho, a salsinha, o manjericão, as alcaparras e as raspas de limão até tudo ficar bem picadinho. Com o processador ligado, vá acrescentando o azeite e processe até obter um molho. Transfira para uma tigela, tempere com sal e pimenta e reserve.
Retire a assadeira do forno e arrume os filés de peixe sobre as batatas. Tempere com sal e pimenta e coloque uma fatia de limão (das que estão na assadeira) sobre cada filé. Volte ao forno por mais 8-10 minutos ou até o peixe estar cozido.
Sirva com a salsa verde.

Rend.: 2 porções

sexta-feira, julho 11, 2014

Barrinhas de toranja (sem glúten) e as indicações ao Emmy

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Grapefruit bars / Barrinhas de toranja

Antes da minha retomada dos seriados eu não dava muita bola para o Emmy e só focava na parte de cinema do Globo de Ouro – como eu não estava acompanhando nada de TV, não tinha muito como torcer ou saber se as indicações e as vitórias eram merecidas ou não. Agora, fico ligada quando saem as indicações e fico feliz ou irritada com quem leva os prêmios para casa – ou me dou por satisfeita com qualquer resultado quando todo mundo concorrendo merece ganhar. :)

Vendo as indicações para o Emmy deste ano, achei parte justa e senti falta de algumas pessoas: substituiria Jon Hamm e Jeff Daniels por Michael Sheen e Liev Schreiber (com uma dor enorme no coração por ter de deixar James Spader de fora) e riscaria Christina Hendricks da lista (não entendi patavinas essa indicação). Adorei ver Lizzy Caplan na lista, merecidíssima a indicação. “Breaking Bad” aparece em peso, para minha alegria, idem para “House of Cards” (vai, Robin!).

(nota mental: assistir a “The Normal Heart”)

Não tenho visto comédias, mas como gosto muito de William H. Macy e Ricky Gervais minha torcida vai para eles.

Como lhes disse outro dia, não tenho problema nenhum em consumir glúten e por isso não penso em levar uma vida gluten free, mas qual é o problema de variar de vez em quando, não é? Estas barrinhas ficaram uma delícia com a farinha de amêndoa no lugar da de trigo, o sabor combinou perfeitamente com o cítrico do recheio e a textura ficou parecida com a de um pudim mais firminho – caso queiram fazê-las como na receita original, é só substituir a farinha de amêndoa por farinha de trigo, tanto na base quanto no recheio, nas mesmas quantidades.

Grapefruit bars / Barrinhas de toranja


Barrinhas de toranja
um nadinha adaptadas do delicioso Wintersweet: Seasonal Desserts to Warm the Home

- xícara medidora de 240ml

Base:
85g de manteiga sem sal, temperatura ambiente
30g de açúcar de confeiteiro, peneirado
140g de farinha de amêndoa
2 colheres (sopa) de amido de milho, peneirado (meça, depois peneire)
1 pitada de sal

Recheio:
raspas da casca de 2 toranjas
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
3 ovos grandes, batidos com um garfo
¾ xícara (180ml) de suco de toranja
1 colher (chá) de extrato de baunilha
3 colheres (sopa) de farinha de amêndoa
açúcar de confeiteiro, para polvilhar

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma quadrada de 20cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos, formando “alças” e unte o papel também.
Base: na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme. Raspe as laterais da tigela, junte a farinha de amêndoa, o amido de milho e o sal. Misture em velocidade baixa por 2-3 minutos ou somente até que a massa comece a embolar – pare quando ao apertar a mistura entre os dedos uma massa se formar. Aperte a mistura no fundo da forma e asse por 18-22 minutos ou até que doure levemente nas extremidades

Recheio: em uma tigela média, esfregue as raspas de toranja e o açúcar com as pontas dos dedos até o açúcar ficar úmido e perfumado. Junte os ovos e misture bem usando um batedor de arame. Junte o suco, a baunilha e a farinha de amêndoa e misture com o mesmo batedor. Derrame o recheio sobre a base quente e volte ao forno por mais 15-20 minutos ou somente até firmar. Deixe esfriar completamente na forma, sobre uma gradinha. Polvilhe com açúcar de confeiteiro e corte em quadradinhos para servir – as barrinhas são bem molinhas, por isso retire-as com cuidado da forma (usei uma com fundo removível, foi mais fácil para desenformar).
As barrinhas podem ser guardadas em um recipiente hermético, em temperatura ambiente, por 2-3 dias, e ficam deliciosas geladinhas, também.

Rend.: 16 unidades

quinta-feira, julho 10, 2014

Sopa de alho-poró, batata e cenoura, ou a "minha sopa", de acordo com o marido

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Leek, carrot and potato soup / Sopa de alho-poró, batata e cenoura

Sopas e inverno formam um par perfeito, não? Faço sopas com frequência nos meses mais frios e geralmente preparo uma porção generosa, assim já temos o jantar garantido para dois dias. Já percebi que a maioria das sopas – a de hoje, inclusa – fica mais gostosa depois de “curtir” de um dia para o outro, mais uma razão para fazer logo uma panelada. :)

Quando o assunto é comida adoro variar e com sopas não é diferente, mas esta aqui é a sopa favorita do meu marido: quando ele diz “faz a sua sopa hoje?” eu sei que ele se refere a esta sopinha de legumes que faço desde que me entendo por gente. Já a fiz de diversas maneiras, com e sem o alho-poró (só com cebola e alho), com abóbora paulista também, com e sem o macarrãozinho ou trocando este por arroz, o que vocês puderem imaginar. O orégano fresco é uma descoberta recente: sempre usara só salsinha, e depois de usar o orégano apenas porque o macinho estava estragando na geladeira ele se tornou um ingrediente indispensável na sopa – dá um sabor maravilhoso.

É uma receita simples, porém versátil, e vocês podem ajustá-la à vontade, criando assim as suas sopas. Usei manteiga porque não resisto a usar o ingrediente com alho-poró, mas podem omiti-la para uma versão vegana.

Lá em casa adoramos um bom pão cascudo para acompanhar esta sopinha, mas seria um crime eu não lhes sugerir o queijo-quente da Barbara Lynch. :)

Sopa de alho-poró, batata e cenoura
criação minha

1 colher (sopa) de manteiga sem sal
½ colher (sopa) de azeite
1 alho-poró, somente a parte clara, picado
½ cebola grande, picadinha
2 dentes de alho graúdos, amassados e picadinhos
2 tomates maduros, sem as sementes, picadinhos
3 cenouras em cubinhos
3 batatas em cubinhos
água fervente o suficiente para cobrir os legumes
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de folhas de orégano fresco
1 punhado de folhas de salsinha picadas
1 xícara de macarrãozinho miúdo (tipo Ave-Maria) cozido

Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo médio-alto. Acrescente o alho-poró e a cebola e refogue, mexendo de vez em quando, até que fiquem transparentes. Junte o alho e refogue até perfumar. Acrescente os tomates e uma pitada de sal e refogue até que eles comecem a murchar. Junte as cenouras e as batatas e misture. Cubra com água fervente e tempere com sal e pimenta. Quando a sopa começar a ferver, abaixe o fogo, cubra parcialmente e cozinhe até que os legumes estejam macios, 10-15 minutos.
Com um mixer, bata a sopa por alguns minutos – a textura tem de ficar meio cremosa, meio pedaçuda. Acrescente o orégano e a salsinha e cheque o tempero.
Divida o macarrão entre as tigelas e cubra com a sopa. Sirva.

* ao ser colocado na sopa, o macarrão não para de inchar, por isso eu o cozinho separadamente e o adiciono apenas às tigelinhas na hora de servir (e não à sopa toda)

Rend.: 4 porções

terça-feira, julho 08, 2014

Bolo de maçã e azeite de oliva e coisas que funcionam

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Apple olive oil cake / Bolo de maçã e azeite de oliva

O segundo trailer de “Garota Exemplar” foi lançado e é fantástico: dá mesmo para contar com David Fincher para criar um clima sombrio em um trailer de dois minutos, e se eu já estava ansiosa pelo filme agora quero que outubro chegue logo. :D

Não gostei muito da escolha de Ben Affleck para interpretar Nick Dunne – vamos esperar para ver o que acontece – mas, por outro lado, impossível haver alguém mais perfeito para dar vida a Desi Collings do que Neil Patrick Harris! \0/

A trilha sonora se encaixa direitinho na atmosfera do trailer e ao final pude ler que Trent Reznor e Atticus Ross são os responsáveis por ela – estes dois já criaram duas trilhas geniais e inovadoras (e merecidamente levaram para casa o Oscar por “A Rede Social”). Coisa boa eles estarem trabalhando novamente com Fincher – que combo maravilhoso. E da mesma forma que Fincher escolheu novamente Reznor e Ross para outro trabalho porque tem certeza de que a parceria funciona, estou novamente usando azeite de oliva nos meus doces.

Depois do sucesso que foi o bolo de laranja e azeite – duas colegas me disseram que fizeram o bolo e que adoraram – fiquei bem animada quando vi um bolo de maçã e azeite no lindo livro de Anna Jones. Sem pensar muito, foi a primeira receita do livro que provei e o resultado foi um bolo saboroso, macio e úmido, com um toque gostoso de especiarias. Realmente bom. Este bolo não tem lactose e pode ser feito com farinha espelta – como não a encontro por aqui (uma pena), usei farinha de trigo comum.

Bolo de maçã e azeite de oliva
um tiquinho adaptado do sensacional A Modern Way to Eat: Over 200 Satisfying, Everyday Vegetarian Recipes (That Will Make You Feel Amazing)

250g de farinha de trigo
1 colher (chá) de canela em pó
1 pitada de pimenta-da-jamaica moída
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de mel
150g de açúcar mascavo claro
2 ovos grandes
150ml de azeite de oliva extra-virgem
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 maçãs Granny Smith
1 punhado de amêndoas em lascas

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com óleo uma forma de bolo inglês de 20x10cm, forre com papel manteiga e unte levemente o papel também.
Em uma tigela média, peneire a farinha, a canela, a pimenta-da-jamaica, o fermento, o bicarbonato e o sal.
Em uma tigela grande, misture o mel, o açúcar, os ovos, o azeite e a baunilha até homogeneizar. Acrescente os ingredientes secos reservados e misture novamente até obter uma massa espessa. Rale as maçãs (com casca e tudo) e junte à mistura, misturando bem. Transfira a massa para a forma preparada, alise a superfície e salpique com as amêndoas.
Asse por 45-50 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma, sobre uma gradinha, por 10 minutos, e então desenforme com cuidado, transferindo o bolo para a gradinha. Deixe esfriar completamente e retire o papel.

Rend.: 8-10 porções

segunda-feira, julho 07, 2014

Empanadas de palmito - delícia de petisco para os jogos da Copa

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Hearts of palm empanadas / Empanadas de palmito

A Copa está sendo bem divertida e já tivemos vários jogaços – aposto que os fãs de futebol pelo mundo tem roído as unhas como se não houvesse amanhã. :)

Para evitar que isso aconteça, é uma boa ideia ter algo para beliscar durante as partidas – eu sempre quis fazer empanadas e elas me pareceram perfeitas para a ocasião, mas como já tinha feito esfihas semanas antes não estava a fim de comer mais carne. Portanto, misturei Argentina e Brasil e recheei as empanadas com palmito, fazendo-as vegetarianas e deliciosas – os dois países juntos dentro do campo são algo perigoso, mas a combinação funcionou lindamente na minha cozinha. :D

Inspiradas nestas empanadas lindas usei um cortador de 10cm de diâmetro e as minhas empanadas ficaram pequeninas e bonitinhas – vocês podem fazê-las maiores, se quiserem, mas no final não importa: elas foram um belisquete perfeito para os jogos e combinaram muito bem com algumas cervejas geladas. ;)

Empanadas de palmito
inspiração daqui, massa do Epicurious, recheio criação minha

- xícara medidora de 240ml

Massa:
215g de farinha de trigo
100g de farinha de trigo integral
1 ½ colheres (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos de pouco mais de 1cm
1 ovo grande
1/3 (80ml) de água gelada
1 colher (sopa) de vinagre de vinho branco

Recheio:
½ colher (sopa) de azeite de oliva
½ cebola bem picadinha
1 dente de alho gordinho, amassado e picadinho
300g de palmito picado
sal e pimento do reino moída na hora
2 ½ colheres (sopa) de água fervente
¼ xícara de folhas de salsinha, picadinhas – meça, depois pique

Para pincelar:
1 ovo + ½ colher (chá) de água, levemente batidos com um garfo

Comece pela massa: peneire as farinhas e o sal em uma tigela grande e junte a manteiga, misturando com as pontas dos dedos até obter uma farofa grossa. Em um potinho, bata juntos com um garfo o ovo, a água e o vinagre. Adicione aos ingredientes secos, mexendo com um garfo, até que uma massa comece a se formar – a massa vai parecer despedaçada, mas ao sovar ela se forma. Eu fiz a massa no processador de alimentos e foi fácil e rápido.

Transfira a mistura para uma superfície levemente enfarinhada e junte a massa com as mãos, sovando levemente, apenas o suficiente para que a massa se forme. Molde-a em um retângulo, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 1 hora.

Recheio: aqueça o azeite em uma panela média em fogo algo. Junte a cebola e cozinhe até ficar transparente. Junte o alho e refogue até perfumar. Junte o palmito, tempere com sal e pimenta, junte a água, cubra e cozinha em fogo médio por 2-3 minutos ou até que a água seja absorvida. Junte a salsinha, misture, retire do fogo e deixe esfriar completamente.

Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Retire a massa da geladeira e abra com um rolo até que fique com aproximadamente 6mm de espessura. Corte círculos de 10cm de diâmetro com a massa e coloque cerca de ½ colher (sopa) de recheio em cada um. Dobre a massa, formando uma meia-lua, e aperte bem as pontas para selar o recheio. Transfira para a assadeira preparada.
Quando terminar de formatar todas as empanadas, pincele-as com o ovo batido e leve ao forno por 25-30 minutos ou até dourarem.

Rend.: 22 unidades